Living intelligence: como a convergência de IA e biotecnologia impacta a jornada do paciente

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Por: Cassyano Correr

Diretor de Marketing Interplayers | Plataformas B2B | Saúde Digital | Farmácia Clínica | Jornada do Paciente.

Living Intelligence: veja como a IA está mudando a indústria farmacêutica.

Em um mercado no qual inovação e experiência do paciente se tornaram essenciais, a indústria farmacêutica enfrenta o desafio de entregar valor além do produto o que levanta uma pergunta urgente: como evoluir na jornada do paciente com modelos que já não acompanham as novas tecnologias?

Uma possível resposta está no conceito de Living Intelligence, que une inteligência artificial (IA), sensores avançados e biotecnologia para monitorar dados biológicos em tempo real, antecipando necessidades clínicas e transformando a forma como cuidamos da saúde. É uma tendência que vale a pena acompanhar de perto.

Durante a SXSW 2025, a futurista Amy Webb destacou a Living Intelligence como uma das principais megatendências globais para o setor de saúde, apontando seu papel central na criação de ecossistemas inteligentes, conectados e personalizados.

Mas como acompanhar essa transformação digital? Neste artigo, vamos mostrar o que é Living Intelligence e como ela está redesenhando a forma de atuação da indústria, impactando desde o desenvolvimento de medicamentos até as estratégias de relacionamento.

Boa leitura!

O que é Living Intelligence?

Living Intelligence pode ser entendida como uma evolução da inteligência artificial tradicional, pois, ao invés de se basear apenas em dados históricos e análises pontuais, ela trabalha com fluxos contínuos de dados coletados em tempo real.

Esses dados vivos fornecem uma leitura do corpo humano e do ambiente ao redor, permitindo que empresas antecipem eventos clínicos, ajustem estratégias e entreguem soluções personalizadas de forma mais eficiente e com maior previsibilidade.

Essa mudança é radical para o setor farmacêutico, pois cria novas possibilidades de desenvolvimento de medicamentos, modelos de acompanhamento clínico e estratégias de engajamento com profissionais de saúde e pacientes.

Essa “inteligência viva” é o caminho natural para tornar a saúde mais conectada e centrada no paciente, principalmente em um mercado que exige respostas rápidas, assertivas e baseadas em evidências em tempo real.

Qual sua influência e como ele muda o cenário hoje?

A influência da Living Intelligence na indústria farmacêutica já começa a aparecer em áreas-chave como pesquisa clínica, desenvolvimento de medicamentos, gestão de relacionamento com pacientes e estratégias de comercialização.

Na área de pesquisa e desenvolvimento (P&D), por exemplo, o uso de dados biométricos e genéticos permite criar estudos mais segmentados, com grupos populacionais específicos, reduzindo custos e aumentando a taxa de sucesso de novos medicamentos.

Já nas estratégias de marketing e acesso ao mercado, a inteligência preditiva permite direcionar campanhas com base em dados reais de saúde pública e comportamento do consumidor, otimizando a comunicação e o alcance das ações promocionais com menor desperdício de recursos.

No pós-venda e programas de suporte ao paciente, a Living Intelligence atua na continuidade do cuidado, ajudando a manter o engajamento, prever riscos de abandono do tratamento e oferecer intervenções personalizadas com base em dados clínicos e comportamentais.

O futuro da convergência entre IA e biotecnologia

Nos próximos anos, a convergência entre IA, biotecnologia e sensores deve se tornar ainda mais presente na rotina das empresas da indústria farmacêutica, trazendo soluções mais avançadas de prevenção, diagnóstico e personalização de tratamento.

Tecnologias como genética preditiva, análises comportamentais em tempo real e machine learning aplicado à saúde populacional devem ganhar escala e fazer parte do dia a dia das empresas.

Com isso, a indústria não será mais apenas fornecedora de medicamentos, mas também uma peça-chave na construção de ecossistemas inteligentes de cuidado, oferecendo soluções digitais integradas que contribuem para a saúde pública e o bem-estar da sociedade.

Esse novo papel exige das empresas uma postura mais ativa, colaborativa e orientada por dados, em que cada ponto de contato com o paciente se torna uma oportunidade de gerar valor clínico e comercial ao mesmo tempo.

Principais riscos e cuidados

Apesar do potencial transformador, a adoção de Living Intelligence precisa ser feita com responsabilidade, respeitando questões éticas, legais e técnicas que garantam a segurança e a confiança em todo o processo. Confira os principais pontos de atenção:

  • Privacidade e ética no uso de dados: a coleta e o uso de dados biológicos exigem regras claras e transparência sobre onde, como e por que essas informações estão sendo utilizadas, respeitando sempre a vontade do paciente.
  • Conformidade com legislações como a LGPD e GDPR: a indústria precisa garantir consentimento explícito, controle sobre os dados e mecanismos auditáveis de segurança e gestão da informação, desde a coleta até o descarte.
  • Interpretação confiável dos dados: algoritmos precisam ser treinados com base em dados diversos, livres de viés, e devem passar por auditorias constantes para evitar interpretações erradas que possam prejudicar pacientes.
  • Validação clínica e supervisão profissional: toda solução baseada em dados deve contar com revisão médica e científica, garantindo que as decisões automatizadas sejam seguras, eficientes e alinhadas às boas práticas de saúde.

Como se preparar

Para que empresas farmacêuticas possam aplicar o conceito de Living Intelligence, é fundamental adotar uma abordagem estratégica que envolva pessoas, processos e tecnologia. Veja os principais caminhos:

  1. Firmar parcerias com empresas especializadas em dados e IA preditiva

Contar com parceiros experientes permite acelerar a transformação digital com mais segurança, testar soluções em cenários reais e aplicar essas tecnologias de forma eficiente no dia a dia da indústria.

  1. Capacitar equipes com foco em inovação e dados

Unir profissionais de tecnologia, ciência de dados e conhecimento clínico é essencial para colocar o conceito em prática e garantir que todos saibam como usar a inteligência artificial de forma estratégica.

  1. Integrar soluções tecnológicas à jornada do paciente

Usar ferramentas como CRM inteligente, IA preditiva e plataformas de suporte permite acompanhar o paciente com mais precisão, melhorando a adesão ao tratamento e a experiência com a marca.

  1. Criar uma cultura organizacional orientada à saúde conectada

A inovação em saúde começa com lideranças abertas à mudança, equipes preparadas para testar novas soluções e processos mais flexíveis que facilitam o uso de dados em decisões do dia a dia.

Pronto para transformar dados em decisões inteligentes? Conheça as soluções da Interplayers e veja como aplicar inteligência e automação com foco na jornada do paciente.

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