Você sabia que, embora a eficácia clínica seja fundamental, ela não é suficiente para justificar o preço de um produto? Nesse contexto, a farmacoeconomia surge como uma resposta estratégica, transformando dados econômicos em argumentos.
De acordo com as projeções, o mercado farmacêutico global poderá atingir US$1,9 trilhão até 2027, com um crescimento anual de 3% a 6%.
Esse crescimento é impulsionado, principalmente, pela inovação e pela adoção de medicamentos mais caros, como os biológicos e biossimilares, que exigem uma avaliação detalhada de seus custos e benefícios.
Utilizando ferramentas como previsão de demanda e inteligência de negócios, é possível construir uma narrativa completa, demonstrando que o preço do produto está justificado não apenas pela sua eficácia, mas também pelos benefícios econômicos que ele oferece ao mercado.
Por que a eficácia clínica já não é o suficiente para o mercado?
A eficácia clínica de um produto é, sem dúvida, um fator importante para o seu sucesso. No entanto, apenas provar que o medicamento funciona não é mais suficiente para garantir sua aceitação no mercado competitivo atual.
Hoje, decisões de compra e incorporação de produtos em farmácias e hospitais consideram também a relação custo-benefício, tornando a farmacoeconomia uma ferramenta estratégica indispensável.
Um novo medicamento para hipertensão, por exemplo, pode controlar a pressão arterial com eficácia, mas gestores de farmácias ou hospitais avaliam também o custo do tratamento diante dos benefícios proporcionados.
Se o medicamento oferece resultados clínicos equivalentes a alternativas existentes, mas a um custo significativamente maior, ele pode ser preterido. Por isso, demonstrar o valor econômico é tão importante quanto comprovar a eficácia clínica.
O que é farmacoeconomia e quais os principais tipos de análise?
Farmacoeconomia é o campo da economia que avalia o custo e o valor de terapias e intervenções de saúde. Seu objetivo é medir o impacto econômico de tratamentos farmacológicos, ajudando as empresas a determinarem a viabilidade financeira de novos produtos.
Existem várias abordagens de análise em farmacoeconomia, incluindo:
- Análise de Custo-Efetividade (ACE): compara o custo de uma intervenção com seus resultados clínicos, como a melhoria da saúde ou a redução de sintomas.
- Análise de Custo-Benefício (ACB): calcula o valor financeiro de todos os benefícios de um tratamento em relação ao custo total.
- Análise de Custo-Uso: avalia o custo por unidade de uso, útil para entender o impacto econômico de tratamentos prolongados.
No mercado de medicamentos para diabetes, por exemplo, um estudo de custo-efetividade poderia ser usado para mostrar que, embora o medicamento A tenha um custo mais alto, ele oferece uma redução significativa nas hospitalizações, gerando economia para o sistema de saúde a longo prazo.
Como a falta de dados de valor impacta as negociações com pagadores?
Sem dados de farmacoeconomia, farmácias e pagadores têm dificuldade em avaliar o retorno sobre investimento (ROI) de um novo produto, tornando as negociações mais complexas.
Entre os principais impactos da falta de dados estão:
- Foco apenas no custo imediato: sem dados de valor, como pirâmide de prescrição ou análises de farmacoeconomia, os pagadores avaliam apenas o preço do produto, sem considerar o impacto econômico de longo prazo.
- Dificuldade em demonstrar benefícios: a ausência de dados que comprovem eficiência de custos e resultados clínicos impede que farmácias mostrem como o tratamento reduz consultas, internações ou necessidade de terapias adicionais.
- Negociações prejudicadas: sem métricas claras de custo-benefício, os produtos podem ser rejeitados ou ter sua inclusão no portfólio limitada, mesmo quando oferecem vantagens ou diferenciais terapêuticos.
- Impacto estratégico: o uso de inteligência de negócio permite consolidar informações, comportamento de prescrição e custos de tratamentos, oferecendo argumentos para justificar preços e negociar com pagadores.
Como construir uma narrativa de valor com base em dados econômicos
Agora que entendemos a importância da farmacoeconomia, a pergunta é: como construir uma narrativa de valor convincente para o seu produto? A resposta está nos dados. Usando inteligência de negócios e dados, você consegue criar uma narrativa sobre os benefícios econômicos do seu produto.
- Coleta e análise de dados: reúna dados detalhados sobre custos, benefícios e resultados de seus produtos em comparação com alternativas no mercado.
- Previsão de demanda: use dados para prever a aceitação e o impacto do produto no mercado, ajudando a justificar sua estratégia de preços.
- Construção da narrativa: transforme esses dados em uma história que demonstre claramente como o produto vai agregar valor, tanto para os consumidores quanto para as farmácias e hospitais.
Se sua farmácia oferece um novo suplemento vitamínico, você pode usar dados de pirâmide de prescrição para mostrar como a prescrição de seu produto cresceu nas últimas semanas e projetar essa demanda para os próximos meses.
Interplayers: referência em soluções para o ecossistema de saúde
Em um mercado que valoriza cada vez mais o equilíbrio entre inovação e sustentabilidade, compreender o valor econômico de um produto é o que diferencia estratégias reativas de movimentos verdadeiramente estratégicos.
A Interplayers apoia essa transformação ao conectar dados, inteligência e tecnologia para que indústrias, farmácias e operadoras possam construir narrativas de valor sólidas e orientadas por resultados.
Dúvidas comuns sobre farmacoeconomia
Se você ainda ficou com alguma dúvida sobre como comprovar o valor do seu produto no mercado farmacêutico, estas perguntas ajudam a esclarecer pontos importantes sobre farmacoeconomia.
Qual a diferença entre farmacoeconomia e análise de custo tradicional?
A farmacoeconomia considera o custo-benefício, o custo-efetividade e o impacto clínico, enquanto a análise de custo tradicional foca apenas no preço imediato.
Como a farmacoeconomia afeta a inclusão de produtos em programas de benefícios?
Ela fornece dados sobre eficiência de custos e resultados clínicos, ajudando a justificar a posição do produto na pirâmide de prescrição.
Quais indicadores mostram o valor de um produto farmacêutico?
Redução de internações, menor necessidade de consultas, adesão do paciente e impactos na logística farmacêutica e no ROI a médio e longo prazos.







