Novas estratégias da indústria farmacêutica impulsionam a demanda do mercado institucional no Brasil

Nadando contra o cenário econômico do Brasil, o mercado e a indústria  farmacêutica manteve um crescimento acima de 10% nos últimos 4 anos de acordo com dados do IQVIA. O mais interessante desses dados é que ainda há muito espaço para expansão, principalmente quando olhamos para o mercado institucional.

Mercado institucional são hospitais, clínicas e governos que fazem compra de medicamentos. É dividido entre os ambientes público e privado

Só no último ano, a venda de medicamentos para hospitais, clínicas e outras instituições de saúde teve crescimento de 21%, impulsionado por novas drogas, em especial a produtos biológicos e oncologia. O setor privado ganha destaque, acumulando mais de 50% do volume de vendas: um cenário cada vez mais competitivo e desafiador para a indústria farmacêutica.

Novos desafios

Esse cenário positivo tem estimulado o surgimento de novas oportunidades e desafios para a indústria farmacêutica. Grande parte desses produtos são de alto custo e podem ter necessidades específicas de transporte, armazenamento e distribuição.

Principais áreas terapêuticas em crescimento: imuno, vacinas, CNS, diabetes e oncologia

Grande parte destas áreas terapêuticas têm sua demanda em múltiplos canais de atendimento, como clínicas especializadas, homecare, pequenos, médios e grandes hospitais, gerando um desafio logístico-comercial grande para a indústria.

Fatores de complexidade da cadeia

– Alto custo de aquisição;

– Armazenamento, distribuição e comercialização de produtos sensíveis à temperatura;

– Demanda pontual e específica;

– Autorização do pagador (governo ou plano de saúde);

– Logística reversa, etc.

Um paciente que será submetido a uma sessão de quimioterapia para a sexta-feira, por exemplo, demandará que o medicamento esteja disponível na clínica pelo menos 48 horas antes. Próteses e dispositivos possuem tamanhos e formatos que podem variar durante o ato cirúrgico, gerando aí um desafio de logística reversa.

Assim, a indústria tem a necessidade de ter acesso a informações de maneira mais rápida e consistente, manter o controle do fornecimento desses insumos e sistemas eficientes de reposição e gestão comercial. Para que o gerenciamento de toda a cadeia seja eficiente, é preciso entender o processo como um todo, desde a indústria farmacêutica, passando pelas distribuidoras, até chegar ao paciente.

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